Um Espaço dos Jovens para os Jovens....

Dá voz às tuas ideias!
um blog orientado pela Dueceira-Associação de Desenvolvimento do Ceira e Dueça
e co-financiado pelo Programa Leader+ELOZ. Entre LOusã e Zêzere

2008-04-30

Tomar Decisões é um Direito... a sessão DOZE

Manuel: - É uma escolha que tens de fazer.
Filipe: - Temos sempre que escolher?
Manuel: - Uma das coisas mais amargas da nossa vida são as escolhas que temos de fazer.
Filipe: - Às vezes, dá medo a gente crescer.
Extraído do filme “Adeus, Pai”, 1996, de Luís Filipe Rocha com João Lagarto e José Afonso Pimentel.


A conversa entre Manuel (o pai) e o Filipe (no papel do filho) exibe-nos a importância para a temática desta semana: decisões.
Será que ao longo do dia vimo-nos confrontados com a necessidade de termos de escolher, optar, aceitar ou recusar?
Dialogando com os nossos jovens, concluímos que sim mas apercebemo-nos como, hoje em dia, levianamente tomamos as nossas decisões.

Iniciámos a sessão com a seguinte frase “O destino não existe, somos nós próprios que o fazemos. O futuro é construído pelas nossas atitudes e sobretudo pelas nossas escolhas” de Sérgio Carvalho, e procurámos indagar os nossos jovens na premência de sermos nós os responsáveis pelos nossos actos atendendo, no entanto, às contingências e vicissitudes da vida.
A seguir, os alunos foram colocados em situação de conflito e tiveram de tomar uma decisão. Com a sugestão, Carne ou Peixe, apressadamente os alunos movimentaram-se na sala, atropelando-se e criando situações bastante rocambolescas.

Carne ou Peixe? De qual gostas mais?

Os nossos jovens não questionavam de que prato, em concreto, se tratava, como estava confeccionado, ao tempo que estaria pronto. Simplesmente, deslocavam-se para um dos cantos da sala, mostrando a sua opção e justificando-se pelo gosto no prato predilecto.

E se o prato de carne for Iscas de Fígado e o prato de peixe, Bacalhau com Natas?
Ao irmos descrevendo as condições em que se encontrava o prato, assim eles iam alterando a sua opção. Nessa altura, lembrámos-lhes que nem sempre, ou na maior parte das vezes, as nossas decisões são irrecuperáveis e que nos obrigam a acarretar com as suas consequências. Avançámos para o jogo seguinte: fim-de-semana com a família ou fim-de-semana com os amigos. Aqui, a opção foi mais difícil e variou consoante os valores de cada um. Mas, mais uma vez, verificou-se a alternância dos nossos jovens consoante o desenrolar da descrição da situação. Porque é que os jovens não questionam antes de tomarem uma decisão?

Quem concorda com ela?
Para esta sessão, tal como na culinária, trouxemos ingredientes para nos ajudar a tomar boas decisões:
1º Identificar o problema ou a situação;
2º Procurar alternativas;
3º Comparar todas as possibilidades;
4º Escolher uma solução;
5º Avaliar e aprender com a experiência.

Ficou entendido que convinha reunir toda a informação, pensarem nas opções e nas consequências, considerarem os seus valores e os seus sentimentos, antes de decidirem!

2008-04-09

Uma palavra da Lousitânea para os nossos Jovens

Por fim, de forma a salientar o contributo importante deste bloco de sessões ambientais, tanto para todos os envolvidos na Hora da Controvérsia como para a Lousitânea, deixamos aqui, algumas palavras escritas pela Lousitânea, no seu Guia Dia-a-Dia Ecológico relativas à sua participação nesta acção e distribuído por todos os jovens

“Estarmos em contacto com jovens dos Concelhos do Maciço da Serra da Lousã deu-nos mais força para continuarmos o nosso percurso e trabalho.
Fez-nos acreditar que é possível mudar crenças, atitudes e comportamentos,
que a população juvenil está interessada e motivada para uma
participação activa nas questões ambientais e, portanto, de cidadania.
Esperamos que reflictam e que actuem como SOLIDÁRIOS e GUARDIÃES…
Um bem-haja a todos os que estão envolvidos neste projecto!
Pela Serra da Lousã! – Uma Serra de Encantos!”

(“Guia Dia a Dia Ecológico”, Lousitânea: 2006)
Jovens que receberam, igualmente,
as suas pulseiras de "GUARDIÃO do AMBIENTE"

o impacto da Natureza nos Jovens...

Através do Jornal de Parede, pudemos constatar,
qual foi o impacto das sessões da Lousitânea nos nossos jovens.

“Gostei muito das aulas ao ar livre e da última aula que tivemos a reutilizar materiais que não pensávamos que podiam ser utilizáveis.”
(EBI Ferrer Correia MC)


“Gostei muito das plantas que levei para casa. Obrigada por todas as actividades.”
(EB 2 FV)


“Gostei de aprender mais sobre árvores autóctones.”
(EB 2,3 + Sec. José Falcão MC)


“Nós precisamos da natureza, porque é deveras importante!”
(EPL)


“Os três dias foram muito fixes, porque nos ensinaram a respeitar a natureza.”
(EB 2,3 + Sec. Daniel de Matos de VNP)


“Eu gostei muito destas sessões porque aprendi novas palavras, aprendi como se planta uma árvore, a fazer carteiras e a fazer um comedouro para os pássaros. Gostei muito!”
(EB 2, 3 Lousã)


“Eu gostei muito das sessões da Lousitânea, principalmente de termos plantado uma arvore e de fazer o papel reciclado. Aprendemos a preservar mais o ambiente. Aprendemos coisas sobre as plantas e os animais, como por exemplo que as mimosas são plantas más para a natureza, mas que podemos evitá-las. Vou cuidar muito bem da nossa “Florentina”. Bjs para todos.”
(Escola Secundária de FV)


“Curti o contacto com a natureza.”
(ETPZP PG)


“Adorei plantar árvores, de conhecer os nomes das árvores autóctones e de trabalhar em grupo. Aprendi que a natureza é a maior força da vida por isso temos que cuidar dela!”
(EBI Castanheira de Pera)


“Foi tudo muito fixe. Aprendi a reciclar, a reduzir e a reutilizar! Obrigado.”
(EB 2,3 + Sec. Miguel Leitão de Andrada PG)


“O ambiente é fantástico e assim é bué curtido aprender! Não devíamos dar tão pouca importância à Natureza. Devíamos pensar mais sobre os nossos actos no dia a dia. Aprendemos como reutilizar produtos que muitas pessoas metem para o lixo, por isso já sabem… temos que ser amigos do ambiente!” As pessoas que nos orientaram eram muito simpáticas e engraçadas. Espero um dia poder ser como elas, e fazer o que elas fazem! Obrigado por tudo… a pulseira que nos deram vai andar sempre no meu pulso!”
(EBI Pampilhosa da Serra)

2008-04-08

Guardiães do Ambiente... a sessão ONZE

A sessão Guardiães do Ambiente, consistiu na promoção de atitudes positivas de valorização do meio-ambiente, visando estimular nos jovens atitudes de proximidade e cumplicidade com a natureza e a apresentação de soluções viáveis para a minimização de impactos negativos sobre o ambiente.

Foram propostas e dinamizadas, um conjunto de práticas ecológicas, traduzidas em diversas actividades, tais como: a construção de um comedouro para pássaros e sua colocação, a plantação de uma arvore autóctone na escola, a construção de um herbário, a realização de um atelier de papel reciclado e a elaboração de porta-moedas e carteiras com pacotes de leite.

Através da realização destas práticas ambientais, possibilitou-se uma aproximação optimista e cúmplice dos jovens à natureza, num diálogo responsável e harmonioso com o ambiente envolvente. Foram assim, exploradas atitudes possíveis de interacção com a natureza, que se perpetuam nas relações de afecto estabelecidas com a plantação de árvores nos pátios e jardins das escolas.
Construção de um HERBÁRIO
Produção de PORTA-MOEDAS RECICLADOS

Atelier de PAPEL RECICLADO

Sementeira e Plantação de ÁRVORES
Construção e colocação de NINHOS

A sessão DEZ... dia-a-dia ecológico


Na décima sessão, identificámos o modo como o ser humano, interage com o seu património ambiental, conhecendo e questionando os jovens, sobre quais as agressões ambientais provocadas pelo Homem, o qual se assume como o principal responsável, pela diminuição progressiva da biodiversidade e da qualidade ambiental.
Transmitimos que compete a todos nós, o dever de fazer mais pela conservação desse património comum que nos suporta, como forma de garantir uma manutenção do equilíbrio e de uma responsabilidade que é de toda a sociedade.

Avançámos depois para a análise e discussão em torno de alguns comportamentos do nosso dia-a-dia, identificando problemas ambientais locais, propondo soluções viáveis para minimizar os impactos negativos do Homem sobre o meio-ambiente e contribuindo simultaneamente para a melhoria da qualidade de vida.

Visámos portanto, a promoção de estilos de vida saudáveis à luz da Educação para o Desenvolvimento Sustentável.
Para tal, a Lousitânea dividiu as turmas em vários grupos de trabalho, os quais procederam à elaboração de cartazes subordinados a vários temas em torno da, sensibilização ambiental, tais como as abordagens:
à politica prática dos 3 R’s: Redução, Reutilização e Reciclagem
ao uso racional da energia e da água
à compostagem de resíduos orgânicos
às chuvas ácidas
ao buraco de ozono
à terra fértil
o efeito estufa
e também
os comportamentos ecológicos e amigos do ambiente
que podemos praticar: em casa, na escola e no supermercado.

De forma a apoiar a concretização dos trabalhos de grupo, a Lousitânea, distribuiu, por cada aluno, o guia “Dia a Dia Ecológico”, com o objectivo de informar os jovens do estado actual dos problemas ambientais, dando dicas do que se pode fazer no quotidiano, para uma diminuição desses mesmos problemas.
Após a elaboração dos cartazes, estes foram afixados nas escolas, por forma, a serem divulgados e partilhados com toda a comunidade escolar.
Em suma, a sessão consistiu, fundamentalmente, em analisar e argumentar sobre a noção de desenvolvimento sustentável e do papel preponderante de cada indivíduo na sua construção quotidiana, através de um comportamento amigo do ambiente, ou seja, de um comportamento de cidadania.

Despertar para a Natureza... a sessão NOVE

Iniciámos a nossa jornada, com a apresentação de uma polifonia de palavras, tais como, floresta autóctone, biodiversidade, entre outras, de forma a levar os jovens a reflectirem sobre o meio ambiente. De seguida, despertámos os nossos jovens para a natureza, através da realização de uma aula ao ar livre, na zona circundante à escola. Esta, consistiu numa identificação guiada às espécies arbustivas e arbóreas mais importantes da floresta portuguesa. Esta redescoberta do meio ambiente, através da identificação das características físicas e naturais do território, traduzidas na flora e fauna locais, levou a uma constatação, por parte dos alunos, do seu conhecimento e familiaridade com a flora local, espécies de árvores conhecidas pelos seus nomes comuns. Eis algumas das palavras novas, que os nossos jovens aprenderam nas sessões da Lousitânea, sobre a flora e fauna existentes na Serra da Lousã!

Flora

Nome Comum Nome Cientifico
Carvalho Alvarinho Quercus Robur
Ulmeiro Ulmus Minor
Castanheiro Castanea Sativa
Azevinho Ilex Aquifolium

Fauna
Nome Comum Nome Cientifico
Javali Sus Scrofa
Sapo comum Bufo Bufo
Raposa Vulpes Vulpes

Foi fundamental este conhecimento. Bem como o incutir do respeito pela natureza envolvente, contribuindo assim, para que os jovens assumissem uma atitude de compreensão e protecção da natureza. Daí termos transmitido a ideia, de que cada um e que todos nós somos responsáveis pela preservação da harmonia ambiental. Tal como diz a letra e música de uma criança de 6 anos, o Afonso, habitante da Serra da Lousã, de Portugal e do Mundo…
“A Mãe é Terra é um adulto
precisamos de a cuidar
de plantarmos árvores
e de regarmos
E as Acácias não podem estar cá”

(“Guia Dia a Dia Ecológico”, Lousitânea: 2006)

preparem-se para a natureza....

Foi com muito agrado que nas sessões 9, 10 e 11, e tendo em consideração as suas temáticas, pudemos contar com a participação da Lousitânea – Liga de Amigos da Serra da Lousã, enquanto parceiros deste projecto.
Esta participação resultou do facto da Lousitânea ser uma associação ambientalista, sem fins lucrativos, que perspectiva a conservação da natureza e a valorização do património cultural e ambiental de todo o maciço da Serra da Lousã.
Realizámos pois, em conjunto, uma panóplia de sessões dedicadas à descoberta da natureza e do meio ambiente envolvente e da própria Serra da Lousã…

“Na serra o tempo perde o seu valor e apenas o espaço impera.
Todos os elementos se ligam permitindo uma descoberta do clima, da geologia, da fauna e da flora locais.”
(“entre a Serra e o Rio… os trilhos ELOZ”, Dueceira: 2000)